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São Paulo, Brazil
Pastor, psicanalista, psicopedagôgo

A VIDA PODE SER DIFERENTE

A vida pode ser diferente, basta acreditar nas mudanças pelas quais você mesmo já passou. Olhe-se! Perceba-se e constatará que em muito você já não é mais a mesma pessoa. Não é apenas uma questão de aparência externa, certamente muitas transformações ocorreram dentro de você, fazendo-o enxergar a vida e as pessoas de um modo novo, espero que melhor do que antes.

domingo, 1 de setembro de 2013

QUANDO AS PEDRAS CLAMAM E AS MULAS FALAM - Habacuque 2.11

QUANDO AS PEDRAS CLAMAM E AS MULAS FALAM
Porque a pedra clamará da parede, e a trave lhe responderá do madeiramento.” (Hc 2.11)
Estou escrevendo esta pastoral no auge das manifestações populares contra a corrupção e contra os desmandos dos governantes do nosso país. Acabei de ler uma frase, escrita em cartolina erguida pelas mãos de um jovem manifestante, que dizia: “O Brasil acordou, saímos da inércia!” Confesso que recordei com saudades os meus tempos de adolescente, quando participei de passeatas promovidas por movimentos estudantis entre os anos 1978 e 1984, ainda na ditadura militar, anos nos quais eram indispensáveis ousadia e coragem para protestar; época na qual ser cristão evangélico protestante também exigia perseverança na fé com ousadia e coragem ainda maiores, pois éramos em número muito menor do que a quantidade de pessoas que hoje se dizem evangélicas. Segundo o IBGE, até a década de 70 éramos 5,2% dos brasileiros, e na década de 80 apenas 6,6%, hoje somos aproximadamente 23% da população brasileira. Sendo verdadeiros os dados do IBGE, fico me perguntando: Por que com tantos evangélicos no Brasil os valores éticos e morais dos brasileiros continuam se afastando cada vez mais dos princípios e valores cristãos da Palavra de Deus? Por que a corrupção política e social que motiva as injustiças sociais e a criminalidade em nosso país tem dominado a nossa sociedade? Cadê o povo evangélico que parece não estar causando nenhuma diferença com seu comportamento cidadão? Será que o povo de Deus se esqueceu ou não sabe que o evangelho que salva o pecador é o mesmo que nos constrange ao amor e à prática da justiça e da santidade por meio de obras que dão testemunho do caráter de Cristo em nós? A luz do mundo e o sal da terra se esconderam? Fiquei feliz em saber que muitos evangélicos, inclusive da nossa igreja, estão se juntando aos movimentos populares que, sem bandeiras de partidos políticos, mobilizam-se por mudanças que melhorem as condições de vida na pátria amada Brasil. Fico pensando nos possíveis 40 milhões de evangélicos tomando conta das ruas e liderando a população brasileira por reformas políticas, judiciárias e tributárias necessárias ao desenvolvimento do país, indispensáveis para erradicar as injustiças sociais e para combater a corrupção e as mais diferentes ações criminosas que hoje contam com a impunidade. O nosso Mestre convocou os seus discípulos dizendo: ... Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; ... exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” (Mt 5.6-8,12). Penso que este é um tempo de oportunidade para que os evangélicos comprometidos com o bom testemunho da fé cristã mostrem que o povo de Deus não está alienado e muito menos se contentando com a omissão social; este é o tempo oportuno para assumir papel de luz do mundo e de sal da terra, tempo de atitudes que evidenciem o mover especial de Deus nos fazendo abençoar o próximo e a nação com o fruto do Seu Espírito Santo. Para que as pedras não clamem, as madeiras não reclamem e as mulas não falem, o povo de Deus deve agir corajosa e profeticamente contra o pecado e em favor do amor e da justiça.

Seu servo, amigo e pastor Javan Ferreira

O EFEITO MÁSCARA - 2 Coríntios 3.17,18

O EFEITO MÁSCARA
Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.  (2 Coríntios 3.17,18)
Nos recentes movimentos populares que têm mobilizado adolescentes e jovens brasileiros contra a corrupção e descaso dos governantes, o uso da máscara está sendo potencializado pelo espírito de multidão que pode transformar um jovem tímido ou covarde em um autêntico guerreiro do bem ou do mal – como nos filmes “O Máscara” e “V de Vingança”. Nas ondas dos protestos que dominam as ruas do nosso país, pequenos grupos têm preferido surfar mascarados e encapuzados; destes que se escondem no anonimato, a maioria é responsável em promover vandalismos com depredações que deixam rastros de prejuízos aos cofres públicos e privados. É justo dizer que nem todos os mascarados são baderneiros, mas cabe um questionamento para a nossa reflexão: por que a maioria dos vândalos que agem com violência e promovem a destruição do patrimônio público e de particulares é constituída de pessoas que fizeram opção pelo anonimato das máscaras? Na verdade, no contexto das manifestações, as máscaras podem servir como símbolos de protestos ou como um meio para que a identidade do manifestante não seja conhecida, assim aquele que não tem coragem de agir com cara descoberta acaba com a máscara revelando a sua índole má e o seu caráter torpe; seja como símbolo de lutas por coisas boas ou como disfarce para atos maus, o fato é que o indivíduo mascarado e em grupo se sente mais encorajado e livre para a prática do que lhe apraz.
À luz da Bíblia como única regra de fé e conduta, observemos a máscara como símbolo de anonimato para o bem ou para o mal, e pensemos nas motivações para o seu uso: a primeira motivação é para o bem sem glórias humanas, conforme Mateus 6.1-6 (Cf. João.7.18), escolha que deve ser feita por aquele que quer fazer o bem sem chamar a atenção para si próprio; a segunda motivação é para servir ao mal, como artifício da mentira e do engano daquele que às escondidas age dissimuladamente para arruinar a vida de pessoas, de famílias e de instituições do bem (Cf. Habacuque 2.18, Gálatas 2.13, Efésios 5.12,13). Contudo, quando se trata do modo de vida dos filhos de Deus, os discípulos de Jesus Cristo devem dar testemunho do caráter de Cristo por meio de uma vida digna e transparente, sem máscaras, pois são filhos da luz e vivem na luz da verdade (João 8.12 e Mateus 5.14). Pensando assim, vivamos na santidade e na justiça de Deus, e que não precisemos de máscaras, pois somos a luz de Cristo para o mundo.
Seu servo, amigo e pastor
Javan Ferreira



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