O EFEITO MÁSCARA
“Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do
Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como
um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (2 Coríntios
3.17,18)
Nos
recentes movimentos populares que têm mobilizado adolescentes e jovens
brasileiros contra a corrupção e descaso dos governantes, o uso da máscara está
sendo potencializado pelo espírito de multidão que pode transformar um jovem
tímido ou covarde em um autêntico guerreiro do bem ou do mal – como nos filmes
“O Máscara” e “V de Vingança”. Nas
ondas dos protestos que dominam as ruas do nosso país, pequenos grupos
têm preferido surfar mascarados e encapuzados; destes que se escondem no
anonimato, a maioria é responsável em promover vandalismos com depredações que
deixam rastros de prejuízos aos cofres públicos e privados. É justo dizer que
nem todos os mascarados são baderneiros, mas cabe um questionamento para a
nossa reflexão: por que a maioria dos vândalos que agem com violência e
promovem a destruição do patrimônio público e de particulares é constituída de
pessoas que fizeram opção pelo anonimato das máscaras? Na verdade, no contexto
das manifestações, as máscaras podem servir como símbolos de protestos ou como
um meio para que a identidade do manifestante não seja conhecida, assim aquele
que não tem coragem de agir com cara descoberta acaba com a máscara revelando a
sua índole má e o seu caráter torpe; seja como símbolo de lutas por coisas boas
ou como disfarce para atos maus, o fato é que o indivíduo mascarado e em grupo se
sente mais encorajado e livre para a prática do que lhe apraz.
À
luz da Bíblia como única regra de fé e conduta, observemos a máscara como símbolo
de anonimato para o bem ou para o mal, e pensemos nas motivações para o seu uso:
a primeira motivação é para o bem sem glórias humanas, conforme Mateus 6.1-6 (Cf.
João.7.18), escolha que deve ser feita por aquele que quer fazer o bem sem
chamar a atenção para si próprio; a segunda motivação é para servir ao mal,
como artifício da mentira e do engano daquele que às escondidas age
dissimuladamente para arruinar a vida de pessoas, de famílias e de instituições
do bem (Cf. Habacuque 2.18, Gálatas 2.13, Efésios 5.12,13). Contudo, quando se
trata do modo de vida dos filhos de Deus, os discípulos de Jesus Cristo devem
dar testemunho do caráter de Cristo por meio de uma vida digna e transparente, sem
máscaras, pois são filhos da luz e vivem na luz da verdade (João 8.12 e Mateus
5.14). Pensando assim, vivamos na santidade e na justiça de Deus, e que não
precisemos de máscaras, pois somos a luz de Cristo para o mundo.
Seu
servo, amigo e pastor
Javan
Ferreira
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