Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, Brazil
Pastor, psicanalista, psicopedagôgo

A VIDA PODE SER DIFERENTE

A vida pode ser diferente, basta acreditar nas mudanças pelas quais você mesmo já passou. Olhe-se! Perceba-se e constatará que em muito você já não é mais a mesma pessoa. Não é apenas uma questão de aparência externa, certamente muitas transformações ocorreram dentro de você, fazendo-o enxergar a vida e as pessoas de um modo novo, espero que melhor do que antes.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

É POSSÍVEL, VOCÊ CONSEGUE!

MATEUS 11.27-30 e JOÃO 16.33 - É POSSÍVEL, VOCÊ CONSEGUE!
Quero nesta primeira pastoral do ano trazer uma mensagem de ânimo e desafio a você, no sentido de sermos mais unidos e fortes no enfrentamento das muitas lutas e obstáculos, para uma vida cristã em conformidade com a vontade de Deus. Creio que juntos podemos ter os mesmos sentimentos de bênçãos uns para com os outros e, assim, nos ajudando mutuamente na construção de mais um capítulo na história da igreja e de cada um de nós, conquistarmos vitórias ainda não experimentadas. Acredito em uma igreja diferente, madura na fé e em seus relacionamentos interpessoais, uma igreja de crentes desarmados, mansos e humildes, sem ressentimentos e sem raízes de amarguras, crentes que se esforçam para viver em paz uns com os outros e que procuram ser unidos no mesmo amor que une a santíssima trindade e que fez de Jesus Cristo o nosso Redentor e Rei Eterno.
O desafio que deve trazer ânimo a todos nós passa por mudanças de visão e de jeito de se relacionar e de fazer as coisas, o que requer auto-exame e disposição corajosa para agir por fé, abrindo mão de posturas pessoais em prol da bênção que deve ser sobre todos. Portanto, aproveite a oportunidade do início de um novo ano e avalie os prós e os contras de seus pensamentos e de suas atitudes. Queira considerar a real possibilidade de recomeçar a vida com novas perspectivas e um modo novo de ser. Acredite que pelo poder de Deus você pode pensar, falar e agir de maneira que Deus se agrade e que pessoas sejam edificadas.
Acreditar em novos projetos e pensar em fazer algo que possa justificar a sua existência no mundo lhe concederá motivação e esperança para prosseguir. Sem lamúrias e sem transferir responsabilidades, assuma o compromisso de marcar a vida com realizações significativas, reunindo forças e superando a si mesmo. Comece perdoando a si mesmo e perdoando ao seu próximo, pois é essencial que se liberte das próprias culpas e do artifício de julgar aos outros. Reúna forças e considere as lições de suas experiências e das experiências de pessoas com as quais você convive, busque sabedoria na Bíblia e com muita fé faça a sua parte da melhor maneira possível, tendo a convicção de que Deus continuará provendo oportunidades e recursos para que você vença e seja feliz de um modo que o nome do Senhor Jesus Cristo seja exaltado.
Como instituição, a sua igreja também tem muitos desafios para um novo ano, e um deles é lhe ajudar a crescer espiritualmente, de modo que a sua vida cristã seja fortalecida de tal maneira que nenhuma dificuldade possa impedir a sua trajetória de vitórias na dependência e presença de Deus. Acredito que na unidade da fé e na comunhão com Deus e com a sua igreja você e todos nós somos mais do que vencedores.
Por entender que a igreja é o corpo de Cristo e que a nossa unidade é a prova que o mundo precisa para crer que Jesus Cristo é o Messias enviado pelo Pai Eterno, convido você para que trabalhemos juntos e que neste novo tempo sejamos mais unidos e vivamos a verdadeira espiritualidade que Deus quer dos seus filhos amados. Sei que não será fácil, pois temos limitações e o maligno estará sempre de plantão querendo bagunçar e perturbar a nossa paz, mas na ajuda mútua e no amor recíproco venceremos as aflições com o mesmo ânimo com qual o nosso Senhor venceu o mundo e o maligno. Acredite e aceite o desafio, você consegue!
Seu irmão, servo e pastor
Javan Ferreira

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO" - PASTORAL

Pv. 2.10; Gn 1.26,27; Sl 8; Mt 6.26 e 10.31 - “EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO”
Já se foi o tempo em que ser tratado tal qual cachorro era algo humilhante e vergonhoso. Diferente de hoje, tempo no qual as pessoas gastam fortunas com os seus cães e outros animais de estimação, na década de 70, alguém humilhado e marginalizado era comparado a um cachorro. “EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO” foi um sucesso da música brega da década de 70, gravado pelo cantor Waldick Soriano. Por ser tratado como um cachorro pela sua amada, nessa música, o poeta abre o seu coração e expressa todo o seu sentimento de tristeza e indignação. Observando o tratamento que os cachorros recebem em nossos dias, a poesia da música hoje seria no sentido de pedir para ser tratado feito cachorro. “QUERO SER CACHORRO, SIM”, diria Waldick Soriano. Muitos avós e avôs, pais e mães, filhos e filhas, esposas e maridos gostariam da mesma atenção e cuidado que muitos cachorros e gatos têm de seus donos. Os donos de animais de estimação se dedicam em passear com seus pets, lhes oferecem a melhor alimentação, os vestem com roupas caras e os levam em spa e até em psicólogos. Por outro lado, muitos transferem suas responsabilidades entregando crianças e idosos aos serviços de creches e asilos, ignorando que filhos devem ser criados pelos pais e idosos devem permanecer com a família. Enquanto milhares de crianças morrem de fome e sofrem violências ou são jogadas nos lixos, mulheres são espancadas covardemente e assassinadas pelos seus companheiros, cachorros estão sendo comprados ou adotados e criados feito gente. Cada vez mais cachorros são batizados com nomes de seres humanos; é o animal irracional sendo elevado ao mesmo status de seres humanos e muitos seres humanos sendo rebaixados à condição inferior aos animais. Logo vamos ter seres humanos respondendo aos nomes de Totó, Pingo, Bidu ou Pluto. Quero salientar que tenho dois lindos cachorros, Pingo e Duque, gosto de animais e penso que devemos tratar todos os animais com carinho, respeito e responsabilidade, mas sempre tendo em mente que nenhum animal tem valor igual ou superior ao valor de qualquer ser humano (cf Pv 12.10). Os únicos seres criados à imagem conforme a semelhança de Deus foram os seres humanos. Deus fez a humanidade para o louvor de Sua glória e pôs toda a criação para ser dominada e servir aos seres humanos (cf Gn 1.26,27; Sl 8; Mt 6.26 e 10.31). Jesus Cristo pagou com o Seu sangue na cruz para salvar os seres humanos. Valorizar qualquer outra criatura mais do que o ser humano é afrontar o nosso Criador e Deus. Pense sobre isso! Trate bem os animais, mas trate melhor aos seres humanos! Dedique tempo, carinho e atenção às pessoas a sua volta. Seus familiares, parentes, irmãos de igreja, amigos e demais semelhantes precisam e merecem a sua atenção e cuidado.
Seu servo e pastor Javan Ferreira

ADORAÇÃO E MEDIAÇÃO - HEBREUS 9.1-15

 Hebreus 9.15; Romanos 5.8-11 e Efésios 2:15-16 - ADORAÇÃO E MEDIAÇÃO

1 Ora, também o primeiro pacto tinha ordenanças de serviço sagrado, e um santuário terrestre. 2 Pois foi preparada uma tenda, a primeira, na qual estavam o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; a essa se chama o santo lugar; 3 mas depois do segundo véu estava a tenda que se chama o santo dos santos, 4 que tinha o incensário de ouro, e a arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas do pacto; 5 e sobre a arca os querubins da glória, que cobriam o propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente. 6 Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados; 7 mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo; 8 dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, 9 que é uma parábola para o tempo presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; 10 sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne, impostas até um tempo de reforma. 11 Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo {não feito por mãos, isto é, não desta criação}, 12 e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. 13 Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne, 14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo? 15 E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança eterna.

INTRODUÇÃO. A mediação é um dos papéis mais necessários e significativos na sociedade, especialmente em situações de conflitos. É a mediação que estabelece o diálogo e torna possível a conciliação entre partes antes díspares. Mediar é possibilitar a igualdade entre as partes para que a paz seja estabelecida por meio de acordo; e fazer acordo em muitos casos implica em concessões de ambas as partes. É importante ressaltar que ao mediador é indispensável ter credibilidade e sabedoria que lhe conferem poder e autoridade para agir como um conciliador respeitado.
Vamos pensar sobre a mediação aplicada à relação entre Deus e o ser humano. A Palavra de Deus deixa claro que por conseqüência do pecado o ser humano vive em conflito com Deus e que a mediação para a paz entre Deus e a humanidade é realizada por meio de Jesus Cristo; lemos em Romanos 5.8-11 e Efésios 2:15-16: “...Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.” ... “Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.” Diante da condição do ser humano, rebelde e sem crédito para com Deus, Jesus Cristo foi constituído como único mediador entre o homem e Deus, para que o homem possa fazer um novo pacto com Deus e assim poder adorar a Deus com liberdade de acesso ao Pai por meio do Filho. O diferencial da mediação realizada por Jesus Cristo é o fato dEle ser o advogado que faz a mediação e paga a conta com a Sua vida.

- FOMOS RECONCILIADOS COM DEUS POR MEIO DE JESUS CRISTO PARA UMA VIDA DE ADORAÇÃO, FRUTO DA NOSSA INTIMIDADE COM O PAI ETERNO.
- O texto de Hebreus 9 nos permite aprender porque é impossível adorar a Deus sem a mediação de Jesus Cristo.

1- É IMPOSSÍVEL ADORAR SEM O NOVO E DEFINITIVO PACTO. vv11-15. “. 11 Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo {não feito por mãos, isto é, não desta criação}, 12 e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. 13 Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne, 14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo? 15 E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança eterna.”
a) Um novo pacto revisa ou substitui um pacto antigo que por insuficiência ou porque o seu prazo expirou precisa de um novo. O primeiro pacto era limitado no tempo e no espaço.
b) O primeiro pacto era marcado por símbolos que eram figuras de uma aliança preparatória e provisória, apenas sombras de uma realidade que haveria de ser consumada em um pacto novo e definitivo com simbologias próprias.
c) Um novo pacto requer rompimento com o velho e uma adequação às exigências do novo pacto.
APLICAÇÃO. Orientado pela Lei de Moisés, o povo de Israel tinha um santuário, o tabernáculo, e um sumo sacerdote que servia como um intercessor pelo povo diante de Deus. Na carta aos Hebreus, Jesus Cristo é identificado como o Sumo Sacerdote, o ministro do tabernáculo feito por Deus e não por homens. “15 E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança eterna.” Jesus Cristo, como nosso sumo sacerdote e sacrifício expiatório em um novo pacto é o único que tem o poder de encerrar o velho e provisório pacto e inaugurar um novo e definitivo pacto (Atos 4.12 e Hb 9.6-9). Ficar preso aos rudimentos do velho pacto é descrer da validade e da suficiência do novo pacto em Cristo.

2- É IMPOSSÍVEL ADORAR SEM UM LUGAR NOVO E EQUIPADO. V1-5. “1 Ora, também o primeiro pacto tinha ordenanças de serviço sagrado, e um santuário terrestre. 2 Pois foi preparada uma tenda, a primeira, na qual estavam o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; a essa se chama o santo lugar; 3 mas depois do segundo véu estava a tenda que se chama o santo dos santos, 4 que tinha o incensário de ouro, e a arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas do pacto; 5 e sobre a arca os querubins da glória, que cobriam o propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.”
a) O velho lugar atendia a necessidade humana de uma simbologia que testemunhava externamente o poder de Deus e que requeria do ser humano uma participação pública ativa no processo de adoração. Em Êxodo Moisés registrou a construção do tabernáculo (capítulos 25-30), uma tenda dividida em duas salas por um véu. A sala maior era o Santo Lugar e a menor era o Santo dos Santos (9:1-5).
b) O velho lugar atendia a limitada compreensão humana sobre Deus e sobre a amplitude de Sua ação. O novo pacto revela um Deus onipresente e atuante dentro e fora de Sua criação, um Deus sem fronteiras e que permite que todos os seres humanos e aproximem dEle e estejam em Sua presença por meio da fé em Jesus Cristo.
c) O novo pacto tem um mediador, Jesus Cristo, que com o seu sangue alcança a todos os pecadores, inclusive os da velha aliança (9:15). As coisas do tabernáculo eram purificadas com o sangue de animais, mas Jesus ofereceu um sacrifício melhor e completo, único que pode obter a redenção definitiva do pecado.
APLICAÇÃO. Os sumos sacerdotes do Velho Pacto ofereciam sangue de animais todos os anos pelos pecados do ano anterior, inclusive pelos pecados deles próprios, mas Jesus entrou no céu, uma vez por todas para expiação dos nossos pecados e ofereceu o seu sangue por nós (9:12, 27-28).
CONCLUSÃO. Quando Jesus Cristo morreu na cruz, o véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos foi rasgado (Mateus 27:51), a partir desse evento o ser humano passou a poder se reconciliar em definitivo com Deus, pois por meio do sacrifício de Jesus Cristo o acesso ficou disponível a todos. (veja Hebreus 6:19-20; 10:19-22)! Em 2 Co 5.18-21 temos o resultado disso: “18 E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; 19 Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. 20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. 21 Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” Portanto, fomos reconciliados com Deus por meio de Jesus Cristo para uma vida de adoração que também sirva de mediação entre os seres humanos não convertidos e Deus, uma vida de adoração que seja fruto de intimidade e profunda comunhão com o Pai Eternoe com os nossos irmãos em Cristo. Creia e viva adoração!

O SACRIFÍCIO DE LOUVOR ACEITÁVEL - HEBREUS 13.1-25

Hebreus 13.1-25; Salmo 40.5-11 - O SACRIFÍCIO DE LOUVOR

“1 Permaneça o amor fraternal. 2 Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos (Gn18). 3 Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo. 4 Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará. 5 Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei. 6 De modo que com plena confiança digamos: O Senhor é quem me ajuda, não temerei; que me fará o homem? 7 Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, atentando para o êxito da sua carreira, imitai-lhes a fé. 8 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. 9 Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam. 10 Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo. 11 Porque os corpos dos animais, cujo sangue é trazido para dentro do santo lugar pelo sumo sacerdote como oferta pelo pecado, são queimados fora do arraial. 12 Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. 13 Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio. 14 Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura. 15 Por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. 16 Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, porque com tais sacrifícios Deus se agrada. 17 Obedecei a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. 18 Orai por nós, porque estamos persuadidos de que temos boa consciência, sendo desejosos de, em tudo, portar-nos corretamente. 19 E com instância vos exorto a que o façais, para que eu mais depressa vos seja restituído. 20 Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do pacto eterno tornou a trazer dentre os mortos a nosso Senhor Jesus, grande pastor das ovelhas, 21 vos aperfeiçoe em toda boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em nós o que perante ele é agradável, por meio de Jesus Cristo, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém. 22 Rogo-vos, porém, irmãos, que suporteis estas palavras de exortação, pois vos escrevi em poucas palavras. 23 Sabei que o irmão Timóteo já está solto, com o qual, se ele vier brevemente, vos verei. 24 Saudai a todos os vossos guias e a todos os santos. Os de Itália vos saúdam. 25 A graça seja com todos vós.”

INTRODUÇÃO. Por que o autor dirige a carta aos hebreus e não aos israelitas ou aos judeus? Aos israelitas ele confinaria a verdade ao povo que parou no tempo e manteve o seu coração endurecido; aos judeus ele vincularia o cristianismo com uma religião que se afastou da verdade original e se deixou contaminar por doutrinas de homens e rituais vazios. Aos hebreus é um apelo à honra de um povo peregrino por natureza e que tinha como único apego o seu compromisso de fé e de amor ao único Deus. Um verdadeiro “hebreu” vivia em constante progresso material e espiritual, não se acovardava e nem desistia de sua caminhada, perseverava na fé no Eterno e prosseguia superando obstáculos geográficos, enfrentando os adversários e as adversidades, sempre vivendo pela fé nas promessas do Deus altíssimo. O hebreu no auge da fé sabia o que significava sacrificar.
Sacrifício é algo que para ser realizado se faz necessário grande empenho. Quando pensamos em sacrifício, logo nos vem a mente algo que implica muito sofrimento e dor intensa, portanto deve valer a pena. Sacrifício também pode significar renúncia de algo de valor em prol de alguém ou de alguma causa. Sacrifício aceitável é aquele que se justifica e pode ser considerado de valor. Assim é o sacrifício que Deus requer de seus filhos. “No Judaísmo, o sacrifício é conhecido como Korban, palavra oriunda do hebreu karov, que significa "vir para perto de Deus".
Basicamente, os sacrifícios tinham quatro finalidades: louvor e adoração; exprimir gratidão; implorar auxílio; pedir perdão. Eram praticados os sacrifícios sangrentos e os sacrifícios não sangrentos. Nos sangrentos animais eram imolados (o cordeiro, a cabra, o boi e a pomba) e queimados total ou parcialmente no altar, conforme a qualidade do sacrifício oferecido. Os sacrifícios sangrentos eram divididos em holocausto (soberania de Deus), sacrifício pacífico (agradecer e pedir graça) e sacrifício expiatório (pedir perdão). Nos não sangrentos eram oferecidas ofertas de perfumes, flor de farinha com óleo, bolos, pães não levedados, e também libações de vinho. Mas, todos esses sacrifícios e ofertas não passavam de sombras e figuras de significação apenas simbólica, o único sacrifício que satisfez completamente a Deus foi o da imolação de Jesus Cristo em nosso lugar.


G.I. DEUS ESPERA DE CADA FILHO SEU SACRIFÍCIOS DE LOUVOR, FRUTOS DE LÁBIOS QUE FIÉIS CONFESSAM JESUS CRISTO COMO SENHOR.
S.T. VAMOS CONHECER OS OS ELEMENTOS INDISPENSÄVEIS AO SACRIFÍCIO DE LOUVOR ACEITÁVEL.
1 SACRIFÍCIO DE LOUVOR É ACEITÁVEL QUANDO TEM AMOR FRATERNAL, MANIFESTO NA HOSPITALIDADE E NA COMPAIXÃO. vv1-3. “1 Permaneça o amor fraternal. 2 Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos. 3 Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.” A essência de todo sacrifício era o amor para com Deus, portanto, a Palavra nos revela ser impossivel agradar a Deus sendo indiferente para com o próximo.
“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele; E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.” Marcos 12:29-33
- HOSPITALIDADE É O PRAZER EM ACOLHER E AJUDAR AS PESSOAS. O amor de Deus em nós e o amor que temos por Deus nos envolve de prazer que é manifesto na acolhida e comunhão com os irmãos. Em tempos difíceis de lutas e perseguições, a hospitalidade era algo de extrema importância, fazia a diferença para a vida daqueles que eram acolhidos, todavia, exigia um amor corajoso daqueles que hospedavam. Hospedar é um elemento indispensável ao sacrifício de louvor. “O que ama ao seu próximo não lhe faz nenhum mal. Pois o amor é o cumprimento total da lei.” (Rm 13:10).
- COMPAIXÃO É SOFRER COM O SOFRIMENTO DO OUTRO. Compaixão é se importar. Jesus Cristo em seus ensinou mostrou toda a sua indignação contra a indiferença dos religiosos do seu tempo. A parábola do bom samaritano, a ressurreição do filho da viúva de Nain, atendeu a Nicodemos, comer em casa de Zaqueu e absolvição da mulher adúltera foram exemplos contundentes de Jesus em favor de uma amor que não faz acepção de pessoas e em nenhuma sitiação fica indiferente. O autor de Hebreus reafirma os mesmos sentimentos de Jesus e de Paulo em Romanos 12.15 e Gálatas 6.2: "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram"... “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.”
APLICAÇÃO. Sacrifícios de louvor que pretendem ser aceitos por Deus devem ser movidos por um amor sincero, amor que nos constrange ao acolhimento das pessoas e ao sentimento de verdadeira compaixão por elas, sem nenhuma sombra de discriminação ou preconceitos. Seguindo o exemplo do autor nos versos 18-25, oremos uns em favor dos outros e nos ajudemos na caminhada da fé, sempre crendo no poder de Deus que nos supre e nos aperfeiçoa em tudo.
2 SACRIFÍCIO DE LOUVOR É ACEITÁVEL QUANDO TEM LEITO SEM MÁCULA, TESTEMUNHADO NA HONRA CONJUGAL E FAMILIAR. v4. “4 Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará.” Todo o sacrifício selava ou renova uma aliança com Deus. A fidelidade matrimonial é requerida para um sacrifício de louvor e traduz toda importância da família para Deus.
- O LEITO É RESULTADO DE UMA ALIANÇA NA PRESENÇA DE DEUS. Muitos naquele tempo, não diferente de hoje, prestavam sacrifícios a Deus e mantinham uma vida de pecado. Os sacrifícios eram apenas de aparências, podiam até impressionar e agradar aos homens, mas não eram aceitáveis a Deus.
- O LEITO É O BERÇO DA HONRA E DA FIDELIDADE A DEUS. É a partir do berço que cada pessoa que nasce aprende a amar a Deus e ao próximo como a si mesmo, a ter fé e esperança na Palavra de Deus, e a construir relacionamentos saudáveis respeitando os indivíduos e as autoridades constituidas. O sacrifício é aceitável a Deus quando os valores cristãos éticos e morais são ensinados e praticados no seio familiar.
- APLICAÇÃO. Sacrifícios sem pureza e santidade foram e serão sempre rejeitados por Deus. Encontramos esta verdade de Jesus em Mateus 15.8, confirmada em 1 Coríntios 16.22 e Tito 1.16, onde lemos: "Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim".... "Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra". "Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema".

3 SACRIFÍCIO DE LOUVOR É ACEITÁVEL QUANDO TEM DESPRENDIMENTO E LIBERALIDADE, PROVA DA CONFIANÇA EM DEUS. vv5,6,17. “5 Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei. 6 De modo que com plena confiança digamos: O Senhor é quem me ajuda, não temerei; que me fará o homem?”... “16 Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, porque com tais sacrifícios Deus se agrada.” Sacrifício implica em doar de si mesmo e envolve renúncia própria com elevado grau de desapêgo. Para o sacrifício ara entregue o melhor que a pessoa possuia, e o melhor muitas vezes era tudo o que a pessoa tinha.
- A ISENÇÃO DE GANÂNCIA É SINAL DE DESPRENDIMENTO LIBERAL. O ganancioso é uma pessoa que visa vantagens em tudo e tem um coração apegado aos seus bens. O sacrifício de louvor não tem como propósito a obtenção de lucros, pois o que mais importa é agradar a Deus servindo à obra e fazendo o bem ao próximo.
- A ISENÇÃO DE GANÂNCIA É SINAL DE CONFIANÇA EM DEUS. O ganancioso normalmente tem mão fechada e age como avarento, sempre com medo de perder e de amanhâ lhe faltar o suprimento. Na verdade. o ganancioso acha que tudo o que conseguiu foi adquirido por esforço e mérito próprios, por isso acha injusto compartilhar o que tem com alguém. Uma que desconfia de tudo e de todos, inclusive de Deus, ao ganancioso fica quase impossível agradar a Deus.
- APLICAÇÃO. O sacrifício de louvor é o reconhecimento de que de Deus recebemos tudo e a devolução de parte por meio do sacrifício é apenas um gesto de gratidão e louvor ao Deus Eterno que nos sustenta em tudo. Paulo, após receber a ajuda dos irmãos da igreja primitiva agradece em Filipenses 4.19,20 dizendo: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém.”
4 SACRIFÍCIO DE LOUVOR É ACEITÁVEL QUANDO É FRUTO DE SUBMISSÃO À PALAVRA DE DEUS. vv7-9,17. “7 Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, atentando para o êxito da sua carreira, imitai-lhes a fé. 8 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. 9 Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam.” O povo em geral, inclusive o povo de Deus, sempre foi inclinado à prática de rituais desprovidos de um significado de fé mais profundo. Nem sempre nos perguntamos se o que estamos praticando de fato tem ou não tem fundamento na Palavra de Deus. Para que o sacrifício de louvor possa ser aceito é indispensável seguir os parâmetros da Palavra de Deus.
- A SUBMISSÃO É A BUSCA SANTA DE CRER, PRATICAR E PERSEVERAR NA PALAVRA. Na hora das aflições e perseguições muitos preferem os caminhos fáceis e de soluções mais rápidas. Muitos não sabem o que significa esperar e muito menos perseverar na fé, por esse motivo abandonam compromissos e a fidelidade à Palavra com muita facilidade. Em Tiago 1.22 e em 2 Timóteo 4:3-5 temos a seguinte exortação à perseverança: “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. ...” Sem perseverar na Palavra ninguém alcança o coração de Deus.
- A SUBMISSÃO É A OBEDIÊNCIA AOS QUE NOS ORIENTAM E AOS QUE SÃO RESPONSÁVEIS EM NOS APRESENTAR A DEUS. O povo de Deus é advertido em Hebreus a amar e respeitar aos seus líderes, pessoas pelas quais deveriam orar e favorecer, para que não fizesem a obra gemendo em agonia por conta dos sofrimentso causados por quem deveria ajudar. “17 Obedecei a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. 18 Orai por nós, porque estamos persuadidos de que temos boa consciência, sendo desejosos de, em tudo, portar-nos corretamente. 19 E com instância vos exorto a que o façais, para que eu mais depressa vos seja restituído.” O sacrifício de louvor não funciona na rebeldia e desobediência.
APLICAÇÃO. Os maus exemplos sempre nos marcam muito e, por vezes, somos tentados a nos guiar por eles. Mas, a Palavra no versículo sete nos convida para um olhar de sabedoria: “7 Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, atentando para o êxito da sua carreira, imitai-lhes a fé. 8 Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. O autor garante que imitando a carreira dos líderes fiéis todos os crentes podem esperar na imutável fidelidade de Jesus Cristo, para receberem o mesmo prêmio reservado aos que são fiéis ao Senhor até o fim.
5 SACRIFÍCIO DE LOUVOR É ACEITÁVEL QUANDO RECONHECEMOS O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO COMO SUFICIENTE. vv10-15. “10 Temos um altar, do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo (no judaísmo, aos sacerdotes levíticos era permitido comer partes de alguns dos sacrifícios oferecidos, menos da oferenda pelo pecado - Levítico 16:27). 11 Porque os corpos dos animais, cujo sangue é trazido para dentro do santo lugar pelo sumo sacerdote como oferta pelo pecado, são queimados fora do arraial. 12 Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta (o Dia da Expiação os animais eram queimados fora do acampamento - Jesus foi crucificado fora da cidade). 13 Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio. 14 Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura. 15 Por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” A Palavra deixa claro que para usufruir das bênçãos celestiais é indispensável que o crente pague o preço de deixar as crenças do passado e os pecados. Os hebreus saíram do judaísmo e deveriam permanecer em Cristo.
- RECONHECER O SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO É TER JESUS COMO OFERENDA COMPLETA PELOS NOSSOS PECADOS. Retroceder na fé por medo ou por culpa, buscar adicionar outros recursos para completar ou garantir a salvação é o mesmo que cair da graça de Cristo. Em Gálatas 5:4-8 lemos: “4 Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. 5 Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça. 6 Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor. 7 Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade? 8 Esta persuasão não vem daquele que vos chamou.” O crente não depende da Lei de Moisés e nem de rituais de quaisquer naturezas para alcançar o coração de Deus. O único caminho para ter o sacrifício de louvor aceito por Deus é aceitar a suficiência da graça de Jesus Cristo.
- RECONHECER O SACRIFÍCIO DE JESUS É ASSUMIR E CUMPRIR O SACERDÓCIO INDIVIDUAL. Os sacrifícios da antiga aliança cessaram com o sacrifício de Jesus Cristo. A partir da nova aliança, inaugurada com o sacrifício de Jesus Cristo, o sacerdócio de cada crente é uma verdade que deve ser praticada, pois cada salvo prestará contas do seu ministério a Deus. Foi para realizar o sacerdócio individual que Deus nos salvou e capacitou; a todos os convertidos foram distribuídos dons espirituais, para que cada crente seja apto para edificar a igreja e proclamar o evangelho da salvação aos perdidos. Em 1 Pedro 2:5,9 este sacerdócio é apresentado como vocação: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. ... Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; ...” Se queremos que Deus aceite o nosso sacrifício de louvor, é vital que o tenhamos como cumprimento do nosso sacerdócio santo.
- APLICAÇÃO. A vontade de Deus é que cada filho Seu se inspire na obra do sacerdócio de Jesus Cristo e cumpra a sua vocação neste mundo vivendo o sacerdócio individual, apresentando sacrifícios espirituais agradáveis a Deus. Em Romanos 12.1-2 lemos: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
CONCLUSÃO. Deus hoje não espera de seu povo holocaustos ou sacrifícios penitenciais, pois o preço final da nossa dívida por causa dos nossos pecados foi pago no sacrifício realizado por Jesus Cristo na cruz. Deus requer de nós um coração transformado e comprometido em fazer a vontade dEle. Davi após pecar, quando confrontado pelo profeta Natã, assimilou bem aquilo que realmente interessava a Deus, diz ele no Salmo 51:16-17: “16 Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. 17 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” E o mesmo Davi no Salmo 40.5-11 diz: “5 Muitas são, SENHOR meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar. 6 Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. 7 Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito. 8 Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. 9 Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, SENHOR, tu o sabes. 10 Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade. 11 Não retires de mim, SENHOR, as tuas misericórdias; guardem-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade.” Por meio de uma vida de fidelidade ao Senhor, apresente a sua vida a Deus como um sacrifício de louvor aceitável.

A QUEM ADORAR? HEBREUS 1.1-8

A QUEM ADORAR? - Hebreus 1.1-8 (6)
“1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 2 nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; 3 sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, 4 feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 5 Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? 6 E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. 7 Ora, quanto aos anjos, diz: Quem de seus anjos faz ventos, e de seus ministros labaredas de fogo. 8 Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.”
INTRODUÇÃO. É da natureza humana o desejo de manter contato com o mundo espiritual e criar para si pessoas e objetos de adoração, e por isso, é muito comum cada nação ter o seu panteão (pan = todo + theós = deus) sagrado, seu conjunto de deuses. Povos primitivos e povos como os egípcios, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos foram caracterizados pelas suas culturas religiosas e de conquistas, culturas essas marcadas pela abertura à introdução de novas divindades em seus conjuntos de deuses. Esta dúvida sobre deuses e adoração sempre esteve presente, inclusive no meio do povo de Deus – basta lembrar de Arão com o bezerro de ouro e da pergunta da mulher samaritana a Jesus. Ainda hoje, mesmo a igreja tendo das Escrituras Sagradas a exortação sobre o dever da adoração exclusiva ao Senhor Jesus Cristo, a fraqueza humana e os falsos mestres têm induzido muitos ao erro da idolatria. Na Bíblia, Deus revela sua indignação contra as muitas formas de idolatria (Êxodo, Salmo 15 e etc.) e exige adoração exclusiva. Em Atos 17.23 temos o relato da visita de Paulo aos gregos, que fizeram deuses para si e para que nenhum deus ficasse de fora, fizeram altar até para um deus desconhecido.
O texto de Hebreus é uma resposta para a inquietude humana sobre a adoração: a quem adorar e como adorar? Esta Palavra aos hebreus é uma exortação sobre a suficiência e superioridade de Jesus Cristo como Deus e como único objetivo e objeto de nossa adoração. O livro de Hebreus foi escrito com o propósito de alertar cristãos confusos quanto à adoração para que não desanimassem e não retrocedessem na fé, pensando em voltar a viver sob a Lei de Moisés.
G.I. OS VERDADEIROS FILHOS DE DEUS SE DEDICAM EM ADORAR A JESUS CRISTO COMO DEUS E REI POR TODA A ETERNIDADE.
S.T. O ESPÍRITO SANTO EM HEBREUS NOS ENSINA A QUEM DEVEMOS ADORAR E PORQUE ADORAR.
1 ADOREMOS AO CRIADOR E HERDEIRO DE TODAS AS COISAS. v1,2. O cristão deve ser convicto de que não segue a homens e nem a ídolos feitos por homens, mas segue aquele que nos criou e nos fez templo Seu para que o adoremos, o mesmo que é herdeiro e também nos fez herdeiros de Deus para a vida eterna. Em Atos 17.23-38 lemos: “23 Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. 24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; 25 Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; 26 E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; 27 Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; 28 Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.”
1.1- PARA QUE O ADOREMOS, A PESSOA, A OBRA E O PROPÓSITO DE JESUS CRISTO NÃO PODEM SER DESCONHECIDOS. Reconhecer e adorar a Deus em toda a sua majestade é algo tão grave que Deus usou de vários meios para se revelar, e, de modo especial, usou o próprio filho para fazer a Sua vontade conhecida aos homens. É a vontade de Deus que anunciemos a todos quem Ele é e o que Ele quer da humanidade. No Salmo 100 o salmista clama: “1 [Salmo de louvor] Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. 2 Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto. 3 Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto. 4 Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome. 5 Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração.” Adorar é revelar a Cristo.
1.2- PARA QUE O ADOREMOS É INDISPENSÁVEL CONHECER DE CRISTO COMO HERDEIRO POR FILIAÇÃO E CRIAÇÃO. Jesus é o filho de Deus e herdou do Pai o reino, a missão de através de Seu sacrifício reunir para si um povo santo e poder sobre todas as coisas. Também somos participantes das promessas e reino de Deus, por criação e filiação em Cristo. Em João 1.12,13 lemos: “12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; 13 Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Fomos criados por Deus e recriados por Cristo como novas criaturas. E os que nEle foram feitos filhos de Deus herdaram poder para construir a sua parte na vida cristã. No entanto, nem uma construção é válida sem antes termos adquirido a filiação para qual fomos eleitos, por meio da fé em Jesus Cristo. Em Romanos 8.17 lemos: “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” Adorar é ser filho e fazer a nossa parte no reino de Deus.
2 ADOREMOS AQUELE QUE É O RESPLENDOR DA GLÓRIA. v3. O cristão deve ter como convicção a verdade absoluta de que não há glória de Deus fora de Jesus Cristo. Jesus é a mais completa e perfeita revelação da glória de Deus possível ao ser humano. Em João 12:42-45 lemos: “42 Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. 43 Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus. 44 E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. 45 E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.”
2.1- PARA QUE O ADOREMOS DEVEMOS CONTEMPLAR EM CRISTO A EXPRESSÃO DA IMAGEM DE DEUS. Deus espera que sejamos a imagem de Cristo para que o mundo veja o primogênito através dos seus filhos por Cristo. “3 sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser...” A imagem do Ser é a imagem perfeita de Deus e a expressão que Deus quer que também sejamos em Cristo, o varão perfeito. Adorar é buscar aperfeiçoar-se na estatura de Cristo.
2.2- PARA QUE O ADOREMOS DEVEMOS CONFIAR EM SEU PODER SUSTENTADOR DE TODAS AS COISAS. A idéia de sustentar envolve responsabilidade e capacidade para nos manter protegidos e purificados dentro do Seu reino de glória. “3 sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados...” Assim, adorar é confiar plenamente nEle como o nosso sustentador.
2.3- PARA QUE O ADOREMOS DEVEMOS ACREDITAR QUE CRISTO ASSENTOU-SE À DIREITA DA MAJESTADE. Quem assentou-se à direita do Pai foi Jesus Cristo e não nós, assim Ele é e tem a Majestade com o Pai. O entendimento é de que o Pai tem inteira confiança nEle e com o Pai Ele governa e do Pai Ele pode nos conceder tudo o que Ele quiser. Em João 14:6-11 lemos: “6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. 7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. 8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.” Adorar é reconhecer e confessar a majestade de Cristo.
3 ADOREMOS AQUELE QUE HERDOU O NOME MAIS EXCELENTE. v4-8. Para acabar com as dúvidas, o autor afirma que o nome de Jesus está acima de todos os nomes e é assim que Deus quer que o recebamos, o confessemos e nos curvemos diante dEle. v4-8. “4 feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 5 Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? 6 E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem”.
3.1- PARA QUE O ADOREMOS É FUNDAMENTAL RECEBER JESUS COMO FILHO PRIMOGÊNITO DE DEUS. Para a cultura antiga, especialmente a hebraica, o nome e a ordem de nascimento indicavam o significado da pessoa para a família e a honra que hierarquia familiar. O nome de Jesus era excelente por ser o filho de Deus, Cristo, messias de Deus para a salvação do mundo; o nome de Jesus era excelente por ser o primogênito de muitos que viriam a ser filhos de Deus por meio da fé nEle; a primogenitura aqui é a responsabilidade dEle com todos nós. Em Atos 4.12 Lemos: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Adorar é receber Jesus com primogênito de Deus.
3.2- PARA QUE O ADOREMOS TEMOS QUE CONFESSAR O NOME DE JESUS COMO REI E SENHOR. Todos os que confessam a Jesus Cristo devem se curvar aos pés dEle e aceitar o Senhorio dEle como 100% Deus e 100% homem. Em Apocalipse 1:8 lemos: “Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” E Em Filipenses 2:9-11 lemos: “9 Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; 10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Jesus Cristo é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, aquele que tem domínio sobre todas as coisas.” Adorar é confessar, confessar é exaltar a quem você confessa.
3.3- PARA QUE O ADOREMOS TEMOS QUE NOS CURVAR AO SEU REINADO. O filho de Deus tem o cetro da equidade da aliança eterna e o Seu Reino subsiste eternamente. A aliança antiga era transitória como um noivado enquanto o noivo e a noiva se comprometem e se preparam para o casamento. Em Mateus 28.17-21: “17 E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. 18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 21 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Assim, adorar é se curvar diante do Rei e Deus, Jesus Cristo.
CONCLUSÃO. O autor da carta aos hebreus nos apresenta a suficiência e superioridade do Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, Rei dos reis, o Deus a quem devemos honrar e nos submeter. Em Isaías 9.6 lemos: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Assim, conhecendo e crendo na suficiência e superioridade do Senhor Jesus Cristo, devemos honrar e nos submeter a Ele, mantendo a nossa fé nEle como definitiva e inabalável.

O CÃO E A PORCA - 2 PEDRO 2.1-22

O CÃO E A PORCA - 2 Pedro 2.1-22

INTRODUÇÃO. Deus criou o ser humano a sua semelhança. Aprendemos que esta semelhança é no sentido de sermos pessoas como e espírito como Ele é, termos moral e livre vontade como Ele, termos racionalidade e consciência como Ele tem. E é a condição de ser moral e racional que permite ao ser humano discernir e decidir entre o certo e o errado, e com livre arbítrio agir e seguir os caminhos que julga de valor para sua vida. Quando olhamos para os outros seres vivos, constatamos que, embora com inteligência instintiva para sobrevivência e preservação das espécies, com capacidade para desenvolver algumas respostas por estímulos e repetição, os outros seres chamados irracionais ou impessoais, não foram dotados da semelhança com Deus como o ser humano. Esta diferença entre os animais e as pessoas nos ensinam que devemos ter expectativas diferentes para com o nosso semelhante, o ser humano, e para com os demais seres vivos. A partir desta percepção e expectativa, Pedro exorta aos crentes no sentido de que não se comportem como animais irracionais, que não discernem a verdade e nem tampouco o valor das coisas.

G.I. O CRENTE FIEL A PALAVRA DE DEUS NÃO SE DEIXA INFLUENCIAR PELOS FALSOS MESTRES E NEM VOLTA AO PECADO DA INCREDULIDADE.
S.T. À LUZ DAS EXORTAÇÕES DE PEDRO, QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DOS ENSINOS DOS FALSOS MESTRES E QUAL DEVE SER A POSTURA DO CRENTE FIEL.
1 - POR SE APRESENTAR COMO VERDADE, A FALSIDADE É UMA REALIDADE PERIGOSA E DESTRUTIVA DENTRO DA IGREJA. Vv1-3a “1 Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 2 E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; 3 também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio;...” A falsidade tem como terreno fértil a carência e a ignorância das pessoas. “14 tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecar; engodando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos de maldição;...”
- Os falsos mestres falam promessas, profecias e doutrinas que são interpretações particulares da Palavra, conforme as conveniências dos seus desejos. São pessoas que decaíram da graça e têm como propósito vantagens e glórias pessoais, negando a verdade e a eficácia do sacrifício do Senhor para nos resgatar do pecado e enganando inocentes e ignorantes. “15 os quais, deixando o caminho direito, desviaram-se, tendo seguido o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça, 16 mas que foi repreendido pela sua própria transgressão: um mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.”
- Os falsos mestres se aproveitam da fragilidade de pessoas que se deixam seduzir. O falso mestre é semelhante aos estelionatários que roubam pessoas aproveitando as suas carências e ignorâncias. “3 também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio;...” É natural ao ser humano querer soluções agradáveis aos seus ouvidos; os falsos mestres se aproveitam dos tolos e oferecem uma fé que se adequa às necessidades dos ouvintes que têm compromisso apenas com o bem estar para esta vida. “17 Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para os quais está reservado o negrume das trevas. 18 Porque, falando palavras arrogantes de vaidade, nas concupiscências da carne engodam com dissoluções aqueles que mal estão escapando aos que vivem no erro; 19 prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.”
APLICAÇÃO. Estamos sendo bombardeados todos os dias pelos falsos mestres. Rádio, televisão, internet, jornais, revistas e livros são meios usados pelos falsos mestres para propagação de doutrinas e de crenças que não glorificam ao Senhor Jesus Cristo. Cabe ao crente fiel e sincero se manter firme na fé em Cristo e descansar no cuidado de Deus, lendo a Bíblia, orando e permanecendo na comunhão de sua igreja..
2 - OS FALSOS MESTRES SERÃO REVELADOS E RECEBERÃO PUNIÇÃO DO SENHOR. Vv3b-6 “3 também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita. 4 Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo; 5 se não poupou ao mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregador da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; 6 se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente;...” Deus exorta e deixa claro que nada fica encoberto (Mt 4.22), ao seu tempo o falso é descoberto e receberá punição pela destruição que causou.
- Os falsos mestres são revelados pelo conteúdo de suas mensagens e pelo caráter da vida que levam. Eles ensinam heresias que negam a obra e a pessoa de Jesus Cristo, levando muitos às suas dissoluções e blasfêmias. São homens e mulheres cheios de arrogância, vaidade, ostentação, ganância, palavras fingidas; mestres que fazem da fé um negócio lucrativo e usa a carência alheia para tirar proveito próprio. Tais homens e mulheres buscam glórias para eles e usam a fé para construírem impérios na terra. “10 especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas concupiscências, e desprezam toda autoridade. Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das dignidades, 11 enquanto que os anjos, embora maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. 12 Mas estes, como criaturas irracionais, por natureza feitas para serem presas e mortas, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, 13 recebendo a paga da sua injustiça; pois que tais homens têm prazer em deleites à luz do dia; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em suas dissimulações, quando se banqueteiam convosco;...” Eles vão ser julgados por Deus, alguns antes do fim.
- Os falsos mestres não escaparão da punição que o Senhor nosso Deus fará cair sobre eles e sobre todos os que os seguem. A responsabilidade diante de Deus não é só dos falsos mestres, aqueles que os seguem também darão contas diante de Deus. “20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o primeiro. 21 Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. 22 Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio verdadeiro; Volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal (Pv. 26.11). Para Deus aquele que conhece a Palavra e a despreza é pior do que aquele que nunca a conheceu, é comparado aos animais irracionais, pois desprezam aquele que os salva e os fez dignos.
APLICAÇÃO. Irresponsavelmente, o mundo cristão tem caído na vala comum das religiões, com mensagens de conteúdo fantasioso e de complacência com a vida de pecado, com a qual o mundo se acostumou. Para não desagradar as pessoas e se achando politicamente corretos, líderes religiosos têm dado ao povo a idéia de um ‘Deus’ exatamente como o povo quer ouvir, ou seja, pai ao modo de hoje – que satisfaz todas as vontades dos filhos sem impor limites ou disciplina. Esta mentira não pode ser aceita pelos crentes que sabem que Deus é Pai amoroso e justo, sempre presente, e que corrige os seus filhos para preservar a todos do castigo eterno. “Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” (Hb 12.6,7).
3 - DEUS LIVRA OS PIEDOSOS, AQUELES QUE SE AFLIGEM DIANTE DA INJUSTIÇA. vv7-9: “7 e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos 8 {porque este justo, habitando entre eles, por ver e ouvir, afligia todos os dias a sua alma justa com as injustas obras deles}; 9 também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados;...” Atento contra os falsos mestres, Deus livra os crentes fiéis. Por ação do Espírito Santo e de Palavra, os crentes piedosos recebem sabedoria e poder para discernir entre o falso e o verdadeiro, podendo evitar e combater os falsos mestres.
- Os crentes piedosos são aqueles que se afligem com o pecado e com as injustiças. O exemplo bíblico de Ló mostra que Deus se importa com a vida dos que a Ele são tementes e os livra no dia do julgamento dos ímpios. O exemplo de Ló também revela que Deus usa o justo como parâmetro para julgar os injustos e não o inverso. Deus não age de modo genérico culpando a todos, Ele separa e livra os justos dos injustos. É muito comum julgarmos e usarmos os pecados e erros de alguns para condenarmos a maioria. Quantos deixam a comunhão com a igreja por causa da decepção com uma pessoa. O fato de Deus usar o justo e piedoso para julgar os ímpios aumenta a responsabilidade dos filhos de Deus na prática e na pregação do evangelho.
- Os crentes piedosos são aqueles que, mesmo passando por lutas e dificuldades, permanecem firmes em suas convicções e na comunhão com a igreja. Pelo menos três características estão preentes no caráter e na vida dos crentes piedosos: uma é a firmeza na fé em Cristo e na Palavra de Deus, outra é a alegria da convivência madura na comunhão com a igreja, e a terceira é o sentimento de aflição e de angústia diante dos pecados e das injustiças. Muitas pessoas, guiadas pelas carências e paixões deste mundo, vivem uma vida sem firmeza na fé, seguindo ventos de doutrinas e procurando soluções e experiências que lhes satisfaçam a carne. Para o crente fiel Jesus Cristo é suficiente, a graça de Cristo lhe basta.
APLICAÇÃO. Hoje uma das grandes dificuldades das igrejas sérias, as que pregam o evangelho de verdade, é a falta de compromisso dos crentes com a Palavra de Deus e com a igreja. Muito desta falta de compromisso tem como causa os ensinos dos falsos mestres que seduzem os que não têm convicções bíblicas, e a falta de vínculos de amor e de unidade com a igreja como família e corpo de Cristo. Assim, não havendo aliança de fé e de amor, não há compromisso, e não havendo compromisso cada um busca os seus próprios interesses, causando confusão e por qualquer problema ou insatisfação deixando a igreja e a sã doutrina. Em Mateus 7.6 Jesus alerta: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.” Para ilustrar a fidelidade do crente sincero e a sua recompensa, Jesus ensina com a parábola dos talentos: “Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” E é isso que o crente fiel deve buscar: entrar no gozo do Senhor Jesus.
CONCLUSÃO. O crente fiel sabe que os falsos mestres atuam na igreja e buscam os fracos e ignorantes para seduzir, mas a aflição dos filhos de Deus não é ignorada, Deus castigará os falsos mestres e também punirá aqueles que os seguem. Deus contemplará e honrará a fé dos justos e piedosos, portanto, seja fiel na fé e na comunhão com a sua igreja, sempre atento para não se deixar enganar pela falsidade dos homens, sabendo que ao seu tempo Deus lhe recompensará.

IMPELIDOS PELO ESPÍRITO SANTO - 2 PEDRO 1.12-21

IMPELIDOS PELO ESPÍRITO SANTO - 2 Pd 1.12-21 Pr Javan

“12 Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade. 13 E tenho por justo, enquanto estiver neste tabernáculo, despertar-vos com admoestações,14 Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado.
15 Mas também eu procurarei em toda a ocasião que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas. 16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. 17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. 18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; 19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. 20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”


INTRODUÇÃO. Na vida somos impelidos a pensar, falar e agir seguindo as influências que nos bombardeiam diariamente. E, nas tempestades da vida, diante dos ventos que nos sopram de todos os lados, sem um timoneiro sábio e uma âncora de peso suficiente, corremos riscos de afundar ou de sermos arremessados contra as pedras. O mundo vive alvorços, convulsões sociais, caos no sistema econômico e financeiro, crise ética e moral, falta de credibilidade no sistema político de governo, ineficiência das instituições sociais para o atendimento das demandas nas diferentes áreas da sociedade – saúde, educação, segurança precárias; somando-se ao caos social, temos a confusão religiosa com crescente número de religiões e igrejas, a maioria em mãos do charlatanismo que se aproveita de seres humanos perdidos, sob os ventos de necessidades físicas, pisicolígicas e espirituais, sensíveis e sujeitos aos ventos de doutrinas falsas. É neste contexto que a igreja primitiva vivia e que foi exortada por Pedro para, impelida pelo Espírito Santo, manter-se foocada e firme na fé em Jesus Cristo; fé que vem da Palavra de Deus.

G.I. IMPELIDO PELO ESPÍRITO O CRISTÃO VIVE A URGÊNCIA DA PREGAÇAO DO EVANGELHO, TESTEMUNHANDO DE SUA EXPERIÊNCIA COM DEUS E RESISTINDO FIRME NA FÉ QUE VEM DA PALAVRA.
S.T. À LUZ DE 2 PEDRO 1.12-21, SOMOS EXORTADOS SOBRE QUAIS SÃO OS EFEITOS DA PALAVRA DE DEUS NA VIDA DE QUEM É IMPELIDO PELO ESPÍRITO SANTO.

vv12-15
1 IMPELIDOS PELO ESPÍRITO COMPREENDEMOS A URGÊNCIA E COMPROMISSO COM A PREGAÇÃO DO EVANGELHO. “12 Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca desta coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade.13 E tenho por justo, enquanto estiver neste tabernáculo, despertar-vos com admoestações,14 Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado.15 Mas também eu procurarei em toda a ocasião que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas.” A urgência caracteriza a necessidade e prioridade que damos para as coisas, é o que nos coloca em prontidão para agir.

- A urgência e compromisso com o evangelho associam-se à nossa condição de vida passageira neste mundo e, sendo assim, não podemos perder tempo. Pedro, falando de si mesmo, reconhece que o tempo que lhe resta de vida é breve e isso dá um sentido maior de urgência à sua vida. “14 Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado.” Quando temos consciência de que há muito por fazer e não temos como esticar o tempo, resta-nos usar o tempo disponível como se não tivéssemos o amanhã, aproveitando cada oportunidade para fazer a parte que nos cabe da melhor maneira possível. Jesus em Mateus 6.34 com palavras de conforto exorta aos seus discípulos: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” O que você tem para hoje? Se é amar, ame; se é perdoar, perdoe; se é pedir perdão, peça; se é servir com os seus dons e bens, sirva; se é arrancar de seu coração raízes de amarguras e de ressentimentos, arranque-as; se é promover a reconciliação entre as pessoas, promova; se é pregar o evangelho a quem Deus está lhe dando oportunidade, pregue; se é ser humilde e com coração grato glorificar a Cristo, glorifique! Pois chegará o dia no qual não poderemos fazer nenhuma dessas coisas e nos restará apenas delas prestar contas.

- A urgência e compromisso com o evangelho associam-se à nossa missão como responsáveis uns para com os outros e também para com aqueles que devem ouvir e ver Jesus Cristo por meio da nossa vida. V15: “Mas também eu procurarei em toda a ocasião que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas.” Sendo hoje o seu último dia de vida, como você será lembrado? Sendo hoje o seu último dia de vida, como você gostaria de ser lembrado? E o que você está disposto a fazer para ser lembrado de modo que o seu nome honre e glorifique ao Senhor Jesus? (Citar o exemplo de Jimmy Carter que quer ser lembrado como promotor dos direitos e humanos e da paz).

- APLICAÇÃO. Pedro, e certamente aqueles crentes da igreja primitiva, cometeram erros ao longo da vida e deixaram de fazer muitas coisas certas que deveriam ter feito, no entanto, era chegada a hora para uma avaliação da vida e do compromisso deles com Cristo e com a igreja, para que fossem lembrados como heróis na fé e pessoas que honraram e amaram segundo a vontade de Deus. Deus quer que hoje você: peça perdão pelas coisas que você deveria fazer e não fez; peça perdão pelas coisas que você não deveria fazer e fez; e agora olhe para Cristo e peça ajuda para fazer a vontade dEle hoje, como se hoje fosse o seu último dia.

vv16-18
2 IMPELIDOS PELO ESPÍRITO DAMOS TESTEMUNHO DAQUILO QUE EXPERIMENTAMOS E VIMOS DO SENHOR, A SUA GLÓRIA. “16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. 17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. 18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo;...” A glória de Cristo é o que deve nos causar devoção para anunciar quem somos servos e adoramos a Cristo.

- O conhecimento de Deus e de Cristo vai além a questão intelectual, trata-se de experiência com o próprio Deus e testemunho do poder de Deus na vida das pessoas e na sua própria vida. V16b “... mas nós mesmos vimos a sua majestade.” Lemos em Atos 4.20 sobre o impacto do evangelho na vida dos apóstolos e dos demais discípulos de Jesus Cristo: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” 1 Joao 1.1-3: “1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida 2 (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); 3 O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.” Sem o conhecimento da glória de Cristo e de Sua importância para o Pai a nossa fé seria insuficiente e ineficaz.

- O conhecimento de Deus e de Cristo tem como foco principal revelar a suficiência e grandeza da pessoa e obra de nosso Senhor Jesus Cristo. Para conhecer a Deus por experiência é primeiramente necessário saber da importância e significado do Filho para o Pai. Vv17,18: “17 Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. 18 E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo;...” Pedro exorta o crente a olhar para Jesus Cristo como a glória do Pai, mesma visão que Deus quer o Filho tenha de nós como salvos e feitos novas criaturas pela fé nEle (Jo 1.12). É impossível entregar a vida por alguém ou por uma causa se não tivermos profunda admiração e paixão para nos mover.

APLICAÇÃO. A santa convocação de Pedro, por inspiração do Espírito Santo, foi para a igreja primitiva e é para nós hoje, convocação para que o conhecimento da glória de Deus em Cristo gere em nós o mesmo sentimento que há no Pai para com o Filho, sentimento de honra e prazer para que com coragem recebamos e testemunhemos do Filho como a mesma honra e prazer que o Pai o amou e o honrou. Os discípulos de Jesus Cristo não podem se envergonhar de Jesus Cristo, nem do evangelho que é a verdade do Filho e muito menos de Sua igreja da qual o Filho é o cabeça e eles seus membros. Lemos em Marcos 8.38: “Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.”

vv19-21
3 IMPELIDOS PELO ESPÍRITO DAMOS OUVIDO À PALAVRA DE DEUS. “19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. 20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” O povo de Deus estava vivendo dias difíceis, pois não bastando as perseguições de natureza física e moral, com violência e morte, os falsos ensinos se constituíam em problemas que resultavam em conflitos e abandonos da fé.
- Ouvir a Palavra de Deus é acreditar no caráter imutável do Senhor que é fiel e não mente, o nosso Deus cumpre a Sua Palavra. No versículo seis(6) Pedro exorta: “16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente composta...” Ouvindo a Palavra é dela nos apropriando como única e absoluta fonte de verdade para a nossa salvação e vida segundo a vontade de Deus, temos a garantia de Seu cumprimento em nossa vida. Fora da Bíblia não há verdade que nos salve. Em 1 Timóteo 1.15 nós lemos: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” Acreditar na Palavra é nela permanecer é a única alternativa para o crente.
- Ouvir a Palavra de Deus é parâmetro para evitar o engano e resistir firme na fé. Quando seguimos falsos ensinos demonstramos ignorância ou desconfiança para com a Palavra de Deus. Procurando agradar a si mesmo, o ser humano, desde o Éden, tem preferido dar ouvidos às fábulas, por isso cai nas ciladas do diabo e desobedece a Deus seguindo caminhos e esperando em promessas que Deus não fez. “20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” A confiança nas Escrituras Sagradas vai determinar a nossa fidelidade ao Senhor e a perseverança na fé diante das dificuldades.
APLICAÇÃO. Enquanto o conhecimento humano é mutável e substituível, gerando incertezas e desconfiança, a Palavra de Deus é dinâmica quanto ao seu processo e merece ser ouvida, praticada e transmitida com confiança e segurança. A Palavra é o próprio Deus falando e agindo em nós, nos fazendo instrumentos de Sua vontade perfeita. O crente fiel, mesmo em tempos de aflições e grandes dificuldades, mantém-se comprometido com Deus e com a Sua vontade revelada e registrada na Bíblia, examinado tudo e aplicando à sua vida a vontade do Pai Eterno. No Salmo 119.10,11 lemos: “Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”
CONCLUSÃO. Tenho convicção de que a volta do Senhor Jesus Cristo está próxima e de que somente os crentes fiéis e que não interpretam a Bíblia segundo as sua conveniências é que resistiram firmes na fé. À medida que o fim se aproxima as aflições vão crescendo e a necessidade de maturidade espiritual passa a ser uma questão vital a fé do discípulo de Jesus Cristo. As orientações de Pedro à igreja primitiva também casam com as necessidades da igreja de hoje; mais próxima da volta de Cristo, atacada pelo charlatanismo dos falsos mestres e pela moral relativa do mundo, a igreja carece de crentes comprometidos com a Palavra e dispostos à testemunhar do poder de Deus na vida deles. Assim, é responsabilidade do crente discernir a verdade pela Palavra e se manter fiel à esperança na volta de Jesus Cristo.

PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA - 2 PEDRO 1.1-11

PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA – 2 Pedro 1.1-11

INTRODUÇÃO.
Quando falamos de natureza estamos pensando sobre a origem, e essência, o caráter e a constituição daquilo que existe. Por exemplo, falar do sobre a natureza humana é pensar sobre tudo aquilo que constitui um ser humano física e psicologicamente, sua pessoalidade, racionalidade e espiritualidade, bem como tudo o que ele pode realizar. Sobre os seres humanos, é interessante observar o que as pessoas passam umas para as outras; de pais para filhos e de avós para netos são transmitidas heranças das que os fazem participantes na genética, da formação moral e educacional, religiosa e cultural, profissional ou material de seus descendentes. No entanto, as heranças que mais deixam marcas são aquelas que determinam a nossa personalidade e o curso da nossa vida, as mais fortes são as genéticas e as de formação comportamental que aparecem em nossas decisões e atitudes. As heranças, quando negativas, pode-se pouco contra os seus efeitos, no entanto, com ajuda externa é possível reduzir danos. O texto bíblico que vamos apreciar nos permite pensar em algo que pode inibir e até arrancar as coisas ruins que herdamos, bem como potencializar as boas que recebemos de nossos pais. O texto de 2 Pedro 1.1-11 fala da bênção em sermos participantes da natureza divina e o proveito disso para nossa vida. Espero que sejamos abençoados com o que Deus vai nos ensinar durante este estudo.

G.I. O CRISTÃO É VOCACIONADO PARA UMA VIDA COMO ELEITO DE DEUS, PARTICIPANTE DA NATUREZA DIVINA POR MEIO DA FÉ EM CRISTO COM CARÁTER SANTO.
S.T. O APÓSTOLO PEDRO ENSINA O QUE REPRESENTA SER PARTICIPANTE DA NAUREZA DIVINA POR MEIO DA FÉ EM JESUS CRISTO.

1- SER PARTICIPANTE DA NATUREZA DIVINA É HERDAR AS PROMESSAS DE DEUS. 1-4. A essência de toda a segunda epístola de Pedro está nestes versículos, de um ao quatro, onde lemos: “1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo: 2 Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor; 3 Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; 4 Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” As promessas de Deus têm como base o Seu caráter e a Sua fidelidade, ao mesmo tempo em que revela o poder absoluto dEle para cumprir a Sua vontade. As promessas são meios pelos quais Deus nos faz conhecedores dos seus santos e perfeitos propósitos.

- Herdar as promessas de Deus é ter a garantia de que vai receber: fé, justiça, paz e conhecimento de Deus e de Cristo para viver sabiamente, segundo a vontade de Deus. A herança não é imposta, é necessário que a queiramos receber e para tanto é indispensável nos adequarmos a ela. Querer as promessas como herança e não se adequar à elas é agir semelhante a quem quer ganhar um carro de luxo, mas não quer investir em seguro e nem tampouco na garagem e muito menos na manutenção do carro.

- Herdar as promessas é receber o poder para escapar da corrupção da concupiscência do mundo e ter o conhecimento da glória e virtude daquele que nos chamou. Em Hebreus 10:21-23 lemos : “21 E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.” A marca esperada do povo de Deus, por Deus e pelo mundo, sempre foi de uma vida de vitória sobre o pecado e sobre o diabo, foi para esta vida vitoriosa que Deus nos prometeu poder.

APLICAÇÃO. Quando herdamos as promessas de Deus não podemos esquecer que elas geram compromissos com Deus e com as bênçãos que dEle recebemos. Precisamos nos adequar para que as promessas se realizem em nós e cumpram o propósito divino. Por exemplo: Deus prometeu aos pais que eles receberiam os filhos como herança, mas com a herança vêm o compromisso e a responsabilidade de criar os filhos dentro da vontade do Senhor. Assim é com as demais bênçãos que recebemos em formas de dons, bens e outros recursos. Descanse no que Deus prometeu e receba as promessas.

2- SER PARTICIPANTE DA NATUREZA DIVINA É HERDAR O CARÁTER DE DEUS. 5-7. É ser um filho que tem a cara e o jeitão do pai. “5 E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, 6 E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, 7 E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.” Conhecer o caráter de Deus faz muita diferença para quem quer manter um relacionamento com Ele. Por este motivo Deus se encarregou de se apresentar a cada um de nós como espírito incorpóreo, pessoal, autoconsciente, auto-existente, moral, com vontade própria, onisciente onipresente, onipotente, trino (Pai, Filho e Espírito), único Deus, perfeito, criador, imutável, infinito, santo, bom, justo e amoroso. Assim, podemos afirmar que o nosso Deus é uma pessoa e como tal se relaciona com os seres humanos que criou para o louvor de Sua glória; e é com este Deus pessoal que queremos parecer (Ef. 1.12-14).

- Herdar o caráter de Deus é ser a imagem, conforme a semelhança de Deus, ou seja, ser a representação de Deus e o Seu embaixador no mundo. A nossa semelhança a Deus não significa que Deus é igual a nós na aparência, no tempo, no espaço e na matéria, mas que nós podemos ser semelhantes a Ele na espiritualidade e nos atributos que o Pai Eterno compartilha com Seus filhos revelou na pessoa de Jesus Cristo (varão perfeito e nosso modelo). Por exemplo, Deus compartilha conosco da Sua moral e poder, portanto, assim como Ele é santo, justo, bom, amoroso e vencedor, nós também podemos ser e vencer sendo participantes de sua natureza. Se tivermos dúvidas quanto ser a possível ou não termos o caráter de Deus, basta olharmos para Jesus Cristo, nosso modelo humano de varão perfeito, é diz a Palavra em Efésios 4.13: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.”

- Herdar o caráter é comunicar aos outros as virtudes que de Deus herdou. Não basta herdar, é imperioso compartilhar as virtudes que de Deus recebemos. Eis uma das grandes dificuldades que temos, compartilhar aquilo que recebemos e compartilhar com todos. As bênçãos não são propriedades daqueles que a recebem, nem são objetos de decoração, elas pertencem a Deus e são riquezas espirituais que de graça recebemos e de graça devemos servir ao próximo; disse Jesus em Mateus 10.8: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí.” Começando pela nossa casa e alcançando a todos que Deus nos permitir, devemos abençoar as pessoas com as qualidades e bênçãos que o Senhor tem nos dado. No texto bíblico (5-7).

APLICAÇÃO. Meus irmãos e irmãs, para que as coisas ruins da vida e as nossas mazelas prevaleçam não precisamos fazer esforço, elas vão tomando conta da nossa vida e transbordando sobre as pessoas que estão ao nosso lado. Ao herdar o caráter de Deus, as virtudes de Deus devem prevalecer em nós e para isto acontecer se faz necessário empenho, esforço e diligência (v5). A vontade de Deus é que façamos a nossa parte acrescentando as qualidades de Deus à nossa fé, pois assim venceremos a nós mesmos e as corrupções do mundo e do diabo. E louvado seja Deus, porque em Cristo tudo é possível aquele que crê, portanto, com diligência, acrescente a sua fé todas as virtudes que você herdou de Deus (6,7). Viva a semelhança do caráter de Deus, olhando para Cristo!

3- SER PARTICIPANTE DA NATUREZA DIVINA É HERDAR O CONHECIMENTO DO REINO DE DEUS. Deus não quer que sejamos ignorantes sobre os nossos direitos e deveres como participantes de Seu Reino. V8-11. “8 Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. 10 Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. 11 Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” Todo o conhecimento nos faz mais ou menos responsáveis por aquilo que conhecemos; conhecer a Deus e ao próximo nos faz responsáveis por ambos. Deus nos fez conhecer que fomos chamados e eleitos para representá-lo de modo fiel; e para sermos representantes de Deus e do Seu Reino precisamos ser abundantes em qualidades que nos assemelham a Ele (v8).
- Herdar o conhecimento do Reino de Deus e de Cristo é assumir a vocação para a qual Jesus Cristo nos chamou. Quando salvo por Cristo, você é salvo das conseqüências do pecado e da condição de perdido, assumindo a responsabilidade de viver uma nova vida como participante e representante do Reino de Deus, inclusive de suas aflições – sendo em tudo consolados por Ele (2 Co 1.7 e 1 Pd 4.13). O cristão que não se aplica em desenvolver a sua vocação, representando o Reino de Deus com uma vida santa e que chama aos homens ao arrependimento e santidade pela fé no sacrifício de Cristo, não honra o chamado de Jesus. O apóstolo Paulo em 2 Coríntios 5.20 descreve a vocação do crente assim: “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.”
- Herdar o conhecimento de Deus e de Cristo é assumir o direito que o Senhor nos deu na a eleição. A eleição (gr. (eklegoe) refere-se à escolha feita por Deus, em Cristo, de um povo para si mesmo, a fim de que seja povo santo e inculpável diante dEle (cf. 2Ts 2.13) (Cf. Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A eleição expressa o amor de Deus, que recebe como seus filhos todos os que recebem Jesus Cristo como salvador e Senhor (Jo 1.12). A característica essencial ao eleito é a consciência de que, em Cristo, foi escolhido pelos soberanos critérios de Deus e que a melhor maneira de testemunhar da eleição é por meio de uma vida de perseverança na fé e santidade. Em Colossenses 1.22,23 diz que Cristo irá apresentar os eleitos como santos, irrepreensíveis e inculpáveis; e que aquele que herdou e assumiu a eleição demonstra isto permanecendo firme na fé, não abandonado a esperança do evangelho.
APLICAÇÃO. Observando o mundo e a igreja, é fácil identificar pessoas ignorantes sobre Deus e Cristo; pessoas que conhecem um pouco, mas ignoram a Deus e a Cristo; pessoas ignoradas por aqueles que dizem conhecer a Cristo. Herdar o conhecimento de Deus e de Cristo sobre a nossa vocação e eleição nos responsabiliza e nos compromete com a pessoa de Cristo e com as pessoas que Cristo quer abençoar com as mesmas bênçãos que prometeu a nós. Não ignore o que Deus tem lhe feito, viva com toda intensidade possível as bênçãos em conhecer ao Senhor e poder de ser bênção no nome de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO.
Deus lhe fez participante de Sua natureza para viver uma nova vida na presença dEle, conforme a fé que lhe elegeu para salvação! Assuma a sua vocação e condição de eleito de Deus e demonstre isto com a vida que agrada a Deus, refletindo as qualidades do Pai Eterno evidenciadas na pessoa de Jesus Cristo!
Tudo o que recebemos de Deus é virtude completa e imutável. Ao recebermos os atributos da natureza divina, por sermos limitados e imperfeitos, precisamos desenvolver as virtudes do caráter de Deus de um modo gradual, com a ajuda do Espírito Santo, e com fé firme na esperança das promessas Deus. Portanto, creia na verdade da Palavra de Deus: você é participante da natureza divina.

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO - 1 PEDRO 5.1-14

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO – 1 Pedro 5.1-14

INTRODUÇÃO.
A nossa motivação é uma soma de motivos ou razões aliadas à vontade e energia que empenhamos para realizar aquilo que queremos. A nossa motivação pode ser boa ou má, tudo depende dos nossos valores, princípios e crenças. Somos movidos por impulsos instintivos ou por sentimentos mais pensados; na maioria das vezes, agimos por força de emoções ou de razões que pensamos explicar ou justificar. Diariamente sabemos de pessoas que matam ou morrem por motivos fúteis ou por motivos pelos quais valem a pena viver ou morrer. No texto bíblico temos Pedro exortando aos nossos irmãos da igreja primitiva para que eles façam tudo com a motivação verdadeira, motivação sem dolo e que seja coerente com a condição de servos do Senhor Jesus Cristo. No texto base de nosso estudo, a verdadeira motivação tem como propósito o cuidado do rebanho de Deus. Pedro escreve para alertar aos líderes da igreja e demais membros, principalmente aos mais jovens, no sentido de que vivam alertas tendo a graça de Deus como verdadeira motivação para viver e superar dificuldades.

LEITURA TEXTUAL DE 1 PEDRO 5.1-14 (Duas versões).

G.I. OS FILHOS DE DEUS DESCOBREM NO EVANGELHO DA GRAÇA A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO PARA VIVER E SERVIR AO PRÓXIMO E AO CORPO DE CRISTO.
S.T. COMO AGIR CONFORME A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO NO CUIDADO UNS PARA COM OS OUTROS?

1 - A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO AGE ESPONTANEAMENTE. v1-2a: “1 Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;”. A verdadeira motivação que tem como base a graça de Cristo não age por força e é segundo Deus. A força resulta em medo e humilhação; a força é inibidora da espontaneidade segundo Deus. Deus quer que os Seus filhos sirvam a Ele e uns aos outros espontânea e voluntariamente.
APLICAÇÃO. O nosso estado natural de pecado é de humilhação; é na graça de Cristo que nos liberta que encontramos liberdade para servir a Deus com honra, voluntariamente e com alegria, porque o viver para Cristo é o que nos exalta com a glória do nosso Senhor. Em 2 Coríntios 9.7 lemos: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” Este texto se aplica a tudo que fazemos para Deus e para as pessoas, traduz a marca do crente em fazer as coisas de maneira espontânea e com um coração alegre.

2 - A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO AGE POR BOA VONTADE. V2b. “2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;”. A verdadeira motivação que vem da graça de Cristo não age por torpe ganância. A torpe ganância é todo e qualquer sentimento de conseguir lucro ou vantagem naquilo que se faz. A torpe ganância tem como objetivo o interesse próprio e usa a necessidade do outro para alcançar os seus fins. A torpe ganância usurpa a bênção da glória de Deus e impede que a boa vontade de Deus seja manifesta por meio das nossas obras de obediência a Deus e de amor uns pelos outros.
APLICAÇÃO. Para fazer com má vontade é melhor que não façamos. Quando seguimos a nossa própria vontade deixamos de ter a boa vontade de Deus como parâmetro, passamos a criar critérios particulares e a torpe ganância substitui a boa vontade, assim a má vontade prevalece e Cristo não é glorificado. Deus quer que nos guiemos pela boa vontade dEle.

3 - A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO AGE COMO EXEMPLO. V3. “3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho.” Agir por dominação é um péssimo exemplo e contraria a postura de servo de Cristo. A dominação reflete o estado de insubmissão e de desobediência do ser humano. A dominação usa a necessidade e ignorância do outro para fazê-lo refém; infelizmente muitos acabam ficando presos aos favores recebidos. A dominação não é exemplo a ser seguido pelos que servem a Cristo, pois ser discípulo de Cristo é ser servo de Cristo e uns dos outros. Querer a dominação sempre foi a postura de Satanás e do mundo; as brigas, lutas e guerras que resultam em violência e morte têm como causa a sede por dominar e subjugar.
APLICAÇÃO. No cristianismo quem deve dominar a nossa vida é o Espírito de Deus que glorifica a Cristo. “11 A ele seja o domínio para todo o sempre. Amém.” O melhor testemunho para sermos exemplo é o da nossa submissão servindo a Deus e ao próximo.

4 - A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO AGE PELO IMARCESCÍVEL. V4. “4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória.” A verdadeira motivação não age por futilidade. Futilidade é algo efêmero, perecível e que murcha, é a expressão de toda a vaidade. E todo agir fútil é semelhante a erva daninha que aparece e serve apenas como atrapalho para o crescimento e visão do fruto da boa semente. Contrapondo-se ao que é fútil, a imarcescível coroa de glória é imperecível, tem valor eterno e não murcha, é indestrutível como indestrutível e eterno é o próprio Deus.
APLICAÇÃO. Ao longo da nossa vida encontramos pessoas que agem de modo fútil, pessoas com as quais não é possível estabelecer uma convivência saudável. O comportamento do filho de Deus deve ser conforme o valor da coroa que Cristo preparou para ele, incorruptível. Viver na graça de Deus é viver se preparando para receber a coroa de glória. Uma coroa de glória não combina com um mendigo ou com a sujeira, assim como um colar de pérola não combina com uma porca. Deus quer que o nosso viver seja tão digno quanto a imarcescível coroa de glória que dEle receberemos.

5 - A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO AGE POR HUMILDADE. V5-7: “5 Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 6 Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; 7 lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. ”. A verdadeira motivação que vem da graça de Deus não age por soberba, porque a soberba é irmã da vontade de humilhar ao próximo e desafiar a Deus. A soberba é o sentimento de arrogância e altivez que induz o ser humano a se achar superior ao outro e impede a humildade que agrada a Deus e que favorece servir ao próximo com alegria e singelza de coração. O soberbo é ansioso pela vanglória e quer sempre ter motivo para ostentação e glória própria. Pela graça vivemos a humildade, pois somente na humildade é que experimentamos o cuidado e a comunhão com de Deus (v7). “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” (Pv 16.18); ...” “Em vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria.” (Pv 11.2). “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2.3). (Cf. Tg 4.6).
APLICAÇÃO. Todo soberbo é egoísta e vazio de sentimentos bons, por isso em nada agrada a Deus e em nada serve ao seu próximo. Ao contrário da humildade, para a soberba servir é uma humilhação. Mas, Deus espera de nós um agir por humildade uns para com os outros, pois é a humildade na graça que nos garante as bênçãos de Deus: “10 E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer.” (cf. 1 Jo. 2.16).

6 - A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO AGE POR SOBRIEDADE. V8,9: “8 Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; 9 ao qual resisti firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no mundo.” A verdadeira motivação não age de modo negligente e irresponsável. O negligente é descuidado e, mesmo quando faz algo de bom, por ser irresponsável, sempre acaba ferindo a si mesmo e ao próximo. Agir conforme a verdadeira motivação é agir com sobriedade, mantendo-se em estado de alerta, pois sabe que a falta de sobriedade e de atenção é espaço para o pecado e para o inimigo atacar.
APLICAÇÃO. A sobriedade do cristão vem de seu conhecimento da Palavra de Deus e de sua comunhão no Espírito Santo. Deus quer que os filhos vivam com sabedoria, vigiando e orando para que identifiquem as suas próprias fraquezas e evitem as armadilhas armadas pelo inimigo ao longo dos caminhos da vida. Observe o que o Senhor nos diz em Provérbios 13.14 e 14.27: “A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” “O temor do SENHOR é fonte de vida, para desviar dos laços da morte.” Segundo Deus, os Seus filhos devem agir movidos pela sobriedade que os anima nos sofrimentos e os deixa vigilantes e capazes para evitar e resistir ao mal.

CONCLUSÃO.
Ao concluir o estudo deste texto, devemos nos perguntar qual é a nossa verdadeira motivação para viver e para fazer as coisas que temos feitos no contexto da vida, da família, do trabalho, da escola e da igreja. Estamos sendo espontâneos e agindo de boa vontade? Somos exemplos uns para os outros e vivemos como quem receberá a imarcescível coroa de glória? A humildade com uma vida sóbria são marcas que podem ser observadas nas nossas atitudes de resistência na fé diante do pecado e do diabo?
Deus quer que descubramos a nossa verdadeira motivação em Sua graça bendita e que enfrentemos as dificuldades da vida servindo a Ele e uns aos outros com alegria no coração, sempre perseverando na fé que nos salvou. Assemelhados aos crentes da igreja primitiva, creiamos e façamos da graça de Deus a verdadeira motivação para resistirmos firmes na fé!
“10 E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer. 11 A ele seja o domínio para todo o sempre. Amém.”















1 Pedro 5: 1-14
1 Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória. 5 Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 6 Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; 7 lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 8 Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar; 9 ao qual resisti firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no mundo. 10 E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer. 11 A ele seja o domínio para todo o sempre. Amém. 12 Por Silvano, nosso fiel irmão, como o considero, escravo abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus; nela permanecei firmes. 13 A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, como também meu filho Marcos. 14 Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz seja com todos vós que estais em Cristo.
1 Pedro 5 NVI
1- Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada:
2- Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.
3- Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho.
4- Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória.
5- Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes".
6- Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido.
7- Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.
8- Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.
9- Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.
10- O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces.
11- A ele seja o poder para todo o sempre. Amém.
12- Com a ajuda de Silvano, a quem considero irmão fiel, eu lhes escrevi resumidamente, encorajando-os e testemunhando que esta é a verdadeira graça de Deus. Mantenham-se firmes na graça de Deus. 13 Aquela que está em Babilônia, também eleita, envia-lhes saudações, e também Marcos, meu filho. 14 Saúdem uns aos outros com beijo de santo amor. Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Pesquisar este blog